"Não Tem Estado, Não Tem Fronteira, é o Movimento da MUDANÇA Brasileira!"


quinta-feira, 16 de julho de 2009

Como vai o mundo lá fora?

Atualmente temos a oportunidade de ver o caráter autodestrutivo do sistema capitalista. Com toda certeza, estamos diante da maior crise do capitalismo desde 1929, mostra

ndo sua completa incapacidade de gerar um processo de desenvolvimento sustentável. Simultaneamente, vivenciamos outras crises: social, ambiental e alimentar.

O neoliberalismo tornou visível a degradação do meio ambiente, intensificando a utilização de matrizes energéticas que destroem o ecossistema e colocando em xeque a própria sobrevivência humana. Outro problema é a crise alimentar, sendo provocada por um conjunto de fatores: seja pelo direcionamento da produção de alimentos, como o milho, para a produção de combustível, seja pela exclusão e exploração de amplos setores tradicionais do campo. Dessa forma, persiste um modelo agrícola fundamentado em um macabro paradoxo: temos a capacidade de produzir como nunca, ao mesmo tempo em que a reprodução da fome e a concentração de riqueza é a maior em toda história.

Embora o sistema capitalista tenha todas essas crises, a sua superação não é algo que ocorre automaticamente, pois, em certa medida, as crises já são endêmicas ao capitalismo e até parte constitutiva de seu processo de reestruturação e desenvolvimento.

Neste contexto, aumenta a responsabilidade das forças progressistas em torno do mundo, passando pela necessidade de dar respostas com um projeto alternativo de desenvolvimento. Por isso, não basta buscar responder a essa nova realidade com a superficial defesa do fortalecimento do Estado, ou seja, a partir do intervencionismo estatal ou da ressurreição das velhas teorias keynesianas, pois estas propostas não anulam a possibilidade de um modelo de desenvolvimento conservador. Trata-se, fundamentalmente, da necessidade de construir um projeto de desenvolvimento que aproveite a crise neoliberal para construir algo que objetivamente supere o capitalismo.

Trata-se de um momento de grande responsabilidade para América Latina, tendo em vista o seu momento político de efervescência e energia criativa, podendo ser referência para o mundo enquanto alternativa de projeto. Com toda certeza, a América Latina vive num momento sem precedente da sua história, mas isso não significa que já tenhamos este momento como fato consumado. As forças conservadoras não foram totalmente derrotadas. Mesmo com a crise, elas ainda detêm o poder e influência na sociedade, além de uma capacidade de se adequar à nova realidade, assimilando idéias antes abandonadas. Neste sentido, acreditamos que a novidade pode sair da América Latina, forjada a partir da sua própria realidade, produzida na sua dinâmica social.

Hoje, as vitórias sucessivas dos governos progressistas na América Latina são determinantes para a abertura de perspectivas na construção de outro projeto de desenvolvimento econômico. Os limites e possibilidades de superação do modelo capitalista dependem da capacidade das forças progressistas em se unificarem em torno de um projeto comum, que seja de fato alternativo e concretamente forte para superá-lo.

(FONTE: http://mudanca.org.br/)

Alinhar ao centro

Um comentário:

  1. Como já visto na história das crises capitalistas, o grande sucesso que fez com que o Brasil não sofresse tanto com essa crise foi a intervenção fluente do estado na economia.

    Dionnathan Willian Barbosa de Oliveira - Catuti - Mg.

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