"Não Tem Estado, Não Tem Fronteira, é o Movimento da MUDANÇA Brasileira!"


sábado, 12 de dezembro de 2009

Enfim a Luta chega ao Fim


A luta da comunidade acadêmica do Estado pela gratuidade da Universidade de Pernambuco (UPE) está chegando ao fim. O governador Eduardo Campos irá anunciar, nesta segunda-feira (14), às 9h, no auditório da Faculdade de Ciências da Administração de Pernambuco (FCAP), os detalhes da gratuidade da instituição de ensino superior, bem como os recursos que serão alocados para viabilizar o processo.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

O PT e o 38º Congresso da UBES

Desde o dia 21 de setembro, começou o processo de eleição de delegados para o 38º Congresso da UBES, quando os grêmios começaram a se cadastrar no site da UBES para realizar o processo de eleição em urna em grande parte das escolas, iniciando um processo que já é organizado desde o Conselho de Entidades Gerais da UBES, que definiu o Regimento do Congresso.

Depois de realizadas todas as etapas estaduais, pôde-se perceber que o novo processo de eleição em urna nas escolas, democratizou o movimento estudantil, levou a UBES e as pautas da educação brasileira para grande parte das escolas, além de tornar os debates das etapas estaduais mais politizados e participativos, já que os estudantes eleitos se preparam antes, para disputar as eleições em suas respectivas escolas.

O PT, como o partido que conduz as transformações democráticas pelas quais o Brasil enfrentando, tem alguns desafios: eleger Dilma presidente, realizar um Processo de Eleições Diretas que fortaleça o partido, que continue garantindo e expandindo o desenvolvimento com soberania, democracia, inclusão social e resgatar seus vínculos populares.

Para resgatar seus vínculos populares, o PT deve, mais do que nunca, retomar a relação e participação com os movimentos sociais, com os sindicatos, com as entidades estudantis e o Congresso da UBES é um momento mais do que oportuno para garantir esse resgate.

O 38º Congresso da UBES acontecerá do dia 10 ao dia 13 de dezembro, na cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais e reunirá cerca de três mil estudantes. Se o PT, quer uma juventude militante que lute pelos seus direitos e do povo brasileiro, identificada com as raízes históricas do partido e de massas, deve incentivar e dar apoio a todos os petistas que se organizaram e querem participar do Congresso da UBES, decidindo os rumos dessa entidade histórica, que tem um grande poder de mobilização.

Camila Moreno é Vice-presidente da UBES e militante do Movimento Ação e Identidade Socialista, do PT.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

ENEM 2009: entre a fraude e o conteúdo

Louise Caroline

O Exame Nacional do Ensino Médio, ENEM, foi a grande notícia do setor educacional em 2009. Não pelo escândalo do vazamento da prova, ao contrário do que parece nos últimos dias. O real destaque do ENEM se dá, fundamentalmente, pelo incômodo que ele trouxe a alguns setores econômicos, educacionais, políticos e midíaticos e não pela simples mudança de data em virtude da fraude descoberta. Foi o ENEM em si, sua reformulação e a adoção desse instrumento como principal forma de ingresso nas Universidades brasileiras que causou tamanho rebuliço e até furor.

Não é novidade que o vestibular movimenta no Brasil uma imensa cadeia econômica. Apesar da vultosa expansão de vagas nas Universidades Federais implementada pelo Governo Lula, ainda há uma demanda infinitamente superior. No setor público, só há vagas para 3% da juventude brasileira, e, mesmo incluídas as instituições privadas, quase 90% dos jovens ficam de fora. É em cima desse quadro e da angústia de cada estudante que gira o lucrativo comércio dos cursinhos pré-vestibular. Foram eles os principais prejudicados com a adoção do ENEM como forma de seleção de boa parte das Instituições Federais, a partir desse ano, e são eles e seus aliados os mobilizadores dessa comoção nacional contra o MEC, com direito a impulsionar passeatas estudantis – seus clientes – em todos os cantos do país.

Não é que nos devamos calar diante da fraude de um processo tão importante como esse. Ao contrário, é a cadeia o lugar dos que participaram do vazamento da prova e nisso a Polícia Federal está concentrada. À propósito, cabe lembrar que a cultura da fraude impregna o modo de vida brasileiro. Há pessoas motivadas a corromper, enganar, roubar, trapacear em diversos âmbitos da vida coletiva. O mundo dos concursos não está alheio ao repugnante jeitinho brasileiro de privatizar o que deve ser público. Cotidianamente provas são anuladas por fraude e, muitas vezes, acontece o pior: seguem impunes à interferência privada, ao lobby, ao privilégio de alguns.

Mas, pela quase inexistente condenação pública dos verdadeiros criminosos nas passeatas e matérias jornalísticas sobre o caso, percebe-se que o enfrentamento ao ENEM deflagrado sob essa justificativa tem outra motivação. Quer-se é enfraquecer esse método de seleção e fortalecer o anterior, já condenado pelo processo histórico da formação educacional brasileira. O sistema de vestibular erguido por empresas privadas, que privilegia o conhecimento “decoreba” e os “bizus” e articula-se com o negócio dos cursinhos só favorece à concentração de vagas nas melhores instituições para quem também concentra renda e pode investir muito dinheiro.

Em detrimento, alijam-se das Universidades estudantes que, por outras formas e experiências, adquiriram conhecimento, muitas vezes mais relevante à formação acadêmica e à produção de ciência e tecnologia com função social a que deve se destinar a Educação Superior Pública.

Ainda, por esse sistema, tem sido imbecilizada boa parte da juventude brasileira, que adquire, desde o início da formação escolar, o péssimo hábito da concorrência pela eliminação dos demais colegas, o sofrimento do vestibular como martírio, a limitação da reflexão filosófica pelo acúmulo de números, datas, fórmulas.

Não é à toa que ingressam, todos os anos, nas Universidades do país, muitas pessoas incapazes de compreender o mundo em que vivem, ignorantes à realidade social, às desigualdades regionais, que nunca leram um livro e que vêem os demais seres humanos como inimigos sempre em disputa pelas escassas oportunidades.

É revoltante, portanto, que a tão difícil mobilização estudantil, fruto justamente da cultura egoísta erguida nas escolas, se dê, nesse momento, não contra a falta de vagas nas Universidades, não contra a cultura da fraude de que foram vítimas os estudantes e os organizadores da prova, não pelo direito de estudar, mas contra as mudanças no sistema de ingresso na Educação Superior, contra o MEC e contra o ENEM.

Ao analisar a prova abortada em virtude do roubo, imagino a frustração dos elaboradores do novo processo. As notícias de hoje deveriam ser sobre a ousadia com que se constituiu o ENEM 2009, em como a comissão organizadora foi capaz de fazer um teste de assinalar – por si só limitador dos conhecimentos – em uma abordagem inovadora, consciente, social e politizada.

As questões de Linguagem e Códigos são capazes de deliciar o leitor. Conversas de MSN, tirinhas de Mafalda, poemas de Gilberto Gil: pura interpretação e raciocínio, ao contrário das tradicionais ortografias e gramáticas estanques. Em Ciências Humanas, uma preocupação com as questões regionais, nacionais, ao contrário das datas e nomes com que estamos acostumados. Em Ciências da Natureza, nada mais atual que privilegiar as questões ecológicas em vez das mitocôndrias e os complexos de Golgi que decoramos tempos atrás.

Um privilégio da inteligência, da consciência, da politização, da compreensão do mundo. Aquilo que os mais progressistas pedagogos, movimentos educacionais e a sociedade reivindicam há tanto tempo.

Como militante política formada nas fileiras do Movimento Estudantil, luto pelo dia em que não teremos mais vestibular e em que as vagas nas Universidades serão direito garantido a toda população. Mas, enquanto isso, não posso deixar de comemorar o avanço que representa esse novo ENEM e sua adoção pelas Universidades brasileiras.

Uma pena que aqueles que optaram pela fraude e pelo dinheiro tenham ocupado as páginas dos jornais em detrimento dessa vitória histórica pela formação cidadã dos jovens brasileiros. Na esperança de que o desenvolvimento e aperfeiçoamento dos novos métodos sejam capazes de formar pré-universitários mais conscientes, que se mobilizem pelo seu direito a estudar mais do que pela motivação dos que querem lucrar em cima de sua exclusão.

Louise Caroline

Formada em Direito pela UFPE

Ex-vice Presidente da UNE

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Eu quero uma casa no campus!‏

Thalita Martins*

É fato que a educação superior no nosso país encontra-se em outro patamar se comparada com a década passada. Lógico que muitos quesitos precisam melhorar para chegar ao nível que desejamos, mas já se evidencia um crescente processo de democratização.

As cotas, o ProUni e o crescente aumento das vagas, principalmente nas IFES, estão permitindo que camadas populares tenham acesso ao ensino superior. Por outro lado, há um impacto nas demandas de assistência estudantil, pois, além do acesso, é preciso garantir a permanência dos estudantes.

Assistência estudantil são programas e projetos desenvolvidos nas IES que tenham como principal objetivo a permanência dos estudantes em seus cursos, tendo como pressupostos ações articuladas com o ensino, a pesquisa e a extensão. Ela está garantida no artigo 205, I, da Constituição Federal, e no artigo 3°, I, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, não devendo ser vista como uma política isolada, mas como um conjunto de ações que traga a discussão do acesso e da democratização da Universidade.

As dificuldades socioeconômicas são as principais causas da evasão dos estudantes universitários, que chega à taxa de 40% ao ano. Além de prejuízos financeiros (impacto de 9% no orçamento das Universidades), a evasão também traz prejuízos sociais de forma dupla: 1) o estudante que evadiu e 2) o estudantes que não conseguiu entrar na Universidade pela reserva de vagas.

Dito isto, quero me ater aqui a uma questão específica que deve ser encaradas com muita seriedade pelo movimento estudantil e pela administração das Instituições de Ensino Superior: a moradia estudantil.

Por mais que estejamos presenciando uma maior interiorização das Universidades Federais e um crescimento exorbitante das instituições particulares (este último no período FHC), estima-se que 30,5% dos estudantes saem de seus Municípios para ingressarem na Universidade, necessitando de moradia estudantil. Segundo dados da Andifes, “12,4% dos estudantes constituem a demanda potencial por moradia, uma vez que pertencem às categorias C, D e E e não residem com os pais e cônjuges ou em casas mantidas pela família”. O maior absurdo é que “as moradias universitárias atendem apenas 2,4% desses estudantes”.

Assim como nossa casa representa segurança e estabilidade em nossas vidas, as residências estudantis representam a segurança e estabilidade necessária para um estudante continuar seus estudos numa cidade diferente da sua de origem. E agora que o novo ENEM facilita esta mobilidade acadêmica de Municípios e Estados, as residências são mais que necessárias: são fundamentais para a concretização do modelo de educação que tanto almejamos.

Portanto, mais do que contemplar os 2,4%, as casas devem alcançar toda a demanda, sendo a política de bolsas-moradia apresentadas como uma segunda opção.

Além da ampliação das casas, é preciso pensar numa maior e total qualidade das mesmas, para que todos os residentes possam viver e conviver entre si com dignidade. Nesse sentido, deve-se garantir a acessibilidade de pessoas com deficiência e a coleta seletiva solidária, em parceria com as cooperativas de catadores de lixo locais.

Este viver e conviver com dignidade também envolve a não discriminação de gênero e raça. Envolve a igualdade na oferta e no critério de escolha dos residentes, pois normalmente, as residências femininas são menores que as masculinas, em termos quantitativos. Envolve também um convívio em harmonia com as diferenças. Envolve, por fim, o amparo da Universidade quando uma residente engravida, seja em não expulsá-la da casa, seja oferecendo acompanhamento médico à mesma, seja oferecendo a ela toda a política necessária para que ela não abandone seus estudos, como creches, bolsas, estágios, etc.

Tudo isso dito até agora deve ser visto como um direito social e espaço político de cidadania e dignidade humana. Para tanto, deve estar inserida na práxis acadêmica, com ações articuladas com o ensino, a pesquisa e a extensão.

Partindo do entendimento que a Universidade deve ser um espaço público, democrático e popular, uma política de assistência estudantil onde as demandas pela residência universitária estejam incluídas é fundamental para acabar com a evasão e as desigualdades sociais, acabando também com as concessões, favores, assistencialismo e clientelismo que ainda permeiam a educação brasileira. Por isso, fazemos coro com o conjunto dos estudantes por uma casa no campus. Uma não, várias!

* Thalita Martins é Diretora de Assistência Estudantil da UNE e Militante do Movimento Mudança.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Lugar de estudante não é no SPC!

Pela regulamentação do ensino privado!


VAMOS BARRAR O SPC DA EDUCAÇÃO!

Vivemos num mundo cada vez mais desumano, onde muitas vezes a educação é vista como mercadoria. Dentro dessa realidade temos que nos posicionar e sair em defesa da educação e lutar para derrotarmos algumas coisas que vem acontecendo no nosso país.

Esta em curso, no Brasil, um acontecimento muito grave: Um acordo entre A CONFENEN – CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS ESTABELECIMENTOS DE ENSINO, o SPC DO BRASIL, MAIS O SERASA, criou o CINEB – CADASTRO DE INFORMAÇÕES DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA.

Nós do Movimento Atitude compreendemos que a educação deve servir a sociedade como um todo e não apenas alguns poucos iluminados. Acreditamos que a educação deva ter um caráter revolucionário, no sentido de negar a ordem estabelecida, ou serve a todos ou não nos serve!

A juventude é o segmento da população que mais sofre com a exclusão social, somos quem mais sofre com a violência, e com o desemprego e as nossas opções de lazer são escassas.

Lutamos tanto para entrar na universidade, agora não vamos admitir que nos coloquem no SPC ou nos impeçam de fazer a nossa rematricula se por força maior não conseguimos pagar algumas mensalidades. Basta! Educação não é mercadoria!

MAS AFINAL O QUE É O CINEB?

É um cadastro de âmbito nacional, que constitui um arquivo privado de informações negativas sobre alunos e seus responsáveis, acerca de inadimplências perante instituições de ensino privado, bem como atrasos no pagamento de mensalidades ou devolução de cheques.

E O QUE EU TENHO A VER COM ISSO?

Os estudantes precisam se organizar para impedir que isso aconteça, pois acreditamos que a educação deve cumprir a sua função social, libertária, libertadora e que tenha papel fundamental para a emancipação política dos trabalhadores.

O SPC da educação afronta os direitos fundamentais da juventude e também vai contra a constituição federal. Afinal não é porque pagamos mensalidade que a educação deve ser considerada mercadoria.

Faz-se urgente que o governo federal tome medidas para proteger o estudante dos ataques daqueles que só pensam em lucrar com o ensino.

Vamos juntos impedir que isso aconteça. Participe das reuniões do movimento, assine o abaixo-assinado e sugira outras formas de fazer acontecer. Você é fundamental para as mudanças!


FONTE: http://israelmoura.wordpress.com/

sexta-feira, 2 de outubro de 2009


O Enem, que aconteceria nesse próximo Fim de semana, dias 3 e 4 de Outubro, foi cancelado devido ao vazamento das provas,a decisão foi tomada pelo Ministro da Educação Fernando Haddad.

“Há fortes indícios de que houve vazamento, 99% de chance”, afirmou o presidente do Inep, Reynaldo Fernandes ao Estadão.

Ontem a tarde um homem teria ligado para o Jornal ( Estadão ) e oferecido às duas provas ao preço de 500 mil Reais, o Estadão então, pediu para dar uma olhada nas provas, sem se comprometer a comprar, para poder assim checar a veracidade do material.

O Estadão, então entrou em contato com o ministro Haddad, que por sua vez entrou em contato com agentes do INEP, que acabaram confirmando a veracidade do material.

Enem Cancelado, Quando será o novo Enem

O MEC possui outras versões da prova para substituir a cancelado, e ao que parece o Novo Enem, irá acontecer daqui de 45 dias. As questões do Enem, são pré-aprovadas e o INEP possui 1.8 mil questões guardadas em seu Banco de Dados.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009