"Não Tem Estado, Não Tem Fronteira, é o Movimento da MUDANÇA Brasileira!"


segunda-feira, 29 de junho de 2009

O ProUni e o desafio das próximas gerações



Dados do INEP recentemente divulgados na imprensa demonstram que bolsistas do Programa Universidade para Todos, o ProUni, tiveram nota igual ou superior aos demais estudantes no Enade, o exame nacional de avaliação do desenvolvimento do estudante de ensino superior. É a comprovação da importância do investimento em políticas públicas que democratizem o acesso ao Ensino Superior contemplando jovens de baixa renda. Segundo o Ministério da Educação (MEC), desde que foi instituído em 2005, até o momento, foram oferecidas 796.218 bolsas integrais e parciais.

O bom rendimento desmascara críticas preconceituosas que afirmavam que as instituições de ensino perderiam qualidade com a entrada de estudantes bolsistas, oriundos de escola pública e filhos de famílias de baixa renda. Demonstra a capacidade de superação do jovem que agarra com as duas mãos a possibilidade de cursar uma faculdade.


No Brasil, apenas 12% dos jovens entre 18 e 24 anos cursam o Ensino Superior. A grande maioria encontra as instituições públicas de portas fechadas pelo limitado número de vagas, apesar da recente expansão propiciada pelo Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). E as instituições privadas são inacessíveis aos jovens de baixa renda. O grande desafio do país é, portanto, radicalizar a democratização da universidade e romper os muros que a separam do povo brasileiro.

O maior mérito do ProUni é, portanto, o de incluir uma parcela da juventude oriunda das periferias dos grandes centros, até então estranha a esse ambiente, e que é capaz de mudar o perfil da universidade e de transformar o conhecimento ali forjado. Atualmente, negros, pardos e indígenas representam mais da metade dos bolsistas.


Para melhor conhecer as necessidades específicas dos bolsistas, a UNE realizou em 2008 uma série de encontros que reuniu mais de 10 mil prounistas em oito estados. O que já era direito para os estudantes não bolsistas foi conquistado nesses espaços, como o direito à transferência de curso e instituição, a igualdade de concorrência a todos os espaços da universidade, os programas de extensão e bolsas de pesquisa e a garantia de conclusão plena dos cursos.

Distorções também foram corrigidas, como a retirada da obrigatoriedade de comprovação de renda anual, que excluía do programa jovens que se empregassem ou conseguissem um estágio durante a graduação, promovendo o aumento da renda familiar. Entretanto, como principais reivindicações aparecem a ampliação do numero de bolsas integrais (100% de desconto na mensalidade) oferecidas e a criação de um plano nacional de assistência estudantil para o bolsista.


Vivendo a experiência do ProUni, quase cinco anos depois de sua implantação, fica claro que para democratizar a universidade não basta criar somente mecanismos de acesso. A adoção pelo Estado de políticas que favoreçam a permanência destes alunos na universidade contribuiria para que os mesmo pudessem concluir sua trajetória escolar com maior tempo disponível para dedicação aos estudos. Além disso, a criação de mecanismos que auxiliem o estudante bolsista a arcar com os gastos de transporte, alimentação e moradia durante o período da graduação, diminuirá a evasão no programa.


Um jovem com as características sociais exigidas pelo ProUni muda a qualidade de vida de sua família ao obter um diploma. Em recente pesquisa realizada pelo Ministério da Educação e pelo IBOPE com 1,2 mil recém-formados pelo PROUNI de diversas regiões do Brasil, concluiu-se que 80% dos estudantes que obtiveram bolsas integrais estão empregados. Além disso, a renda da família aumentou para 68% dos entrevistados e oito de cada dez bolsistas ouvidos afirmaram que membros da família foram motivados a iniciar ou prosseguir os estudos.


Durante o 51º Congresso da UNE, que reunirá cerca de 15 mil estudantes universitários de todo o Brasil, em Brasília, entre os dias 15 e 19 de julho, será realizado o 1º Encontro Nacional de Estudantes do ProUni. O encontro acontecerá no dia 16, no Centro de Convenções Ulisses Guimarães, e servirá para discutir e apresentar propostas e reivindicações ao MEC e ao presidente Lula, presente no evento.

A educação é um tema caro no Brasil e a implementação de políticas que permitam aos jovens sonhar com um futuro melhor, desafia e motiva a continuação da luta. Não queremos mais desperdiçar as grandes mentes brasileiras excluídas dos bancos escolares. Esse é o desafio de toda uma geração!


Por Lúcia Stumpf, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE)

terça-feira, 16 de junho de 2009

ENEM 2009 - Inscrições, Datas e Locais



O Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM 2009 é um exame avaliatório que todos alunos que estão terminando o ensino médio devem fazer, já que esta é uma forma de avaliação do governo nacional, para saber o nível do ensino aplicado no Brasil.

O ENEM além de ser uma forma de avaliação do governo, ainda oferece diversas oportunidades já que é requisito principal para o estudante participar do ProUni (Programa Universidade para Todos), onde o estudante pode ganhar bolsas de estudo integrais ou parciais para ingressar em sua primeira faculdade, caso tenha cursado todo ensino médio em escola pública.

Inscrições ENEM 2009:
As Inscrições ENEM 2009 começam em 15 de junho, diferente do ano passado que foi de 15 a 30 de maio. As inscrições então devem ser feitas através da Internet ou nas agências do Correios de todo o Brasil, e possui uma taxa a ser paga, porém dependendo da situação financeira do candidado, é possível conseguir isenção da taxa. Para realizar a sua Inscrição ENEM 2009 clique
aqui.


Data do ENEM 2009:
O ENEM 2009 deverá seguir as novas regras para ser aplicado em 2009, sendo assim o as provas serão aplicadas nos dias 3 e 4 de outubro. Caso as
Novas Regras do ENEM não sejam aplicadas este ano, as provas deverão ocorrer no dia 30 de agosto, último domingo do mês como de costume.


Local do ENEM 2009:
O local das provas do ENEM 2009 é divulgado dias após o estudante se inscrever, já que é enviado em sua casa uma ficha de senso, a ser preenchida e levada no dia da prova, porém a prova é aplicada em quase 100% das cidades do Brasil.


Provas do ENEM 2009:
O ENEM 2009 terá o mesmo estilo de prova dos anos anteriores, apesar das exigências dos reitores universitários para que o conteúdo do ENEM não seja somente matéria do ensino médio, ainda assim se mantém o conteúdo de ensino médio nas provas, que são feitas em 4 diferentes tipos: Amarela, Azul, Branca e Rosa.


Gabaritos ENEM 2009:
O MEC disponibiliza pouco tempo após o final das provas, os Gabaritos ENEM 2009, onde o estudante pode conferir suas respostas e saber se foi bem ou mal nas provas.


CONFIRA AS HABILIDADES COBRADAS

NO NOVO ENEM

(FONTE: http://www.noticiaki.com/2009/05/enem-2009-inscricoes-datas-e-locais.html)

segunda-feira, 15 de junho de 2009

A Participação das Mulheres e a Reforma Política

por Maria Betânia Ávila*
Esse é um tema difícil, sobretudo se queremos extrapolar os marcos nos quais ele já está colocado. O conceito de participação política tem sido hegemonicamente utilizado para tratar da participação nos espaços da democracia representativa, e como corolário da participação que se realiza através dos partidos políticos. Por outro lado a Reforma Política também tem sido tratada, sobretudo, como relativa à democracia representativa, aos partidos e com foco no sistema eleitoral.Portanto, extrapolar esses dois marcos requer um certo esforço e também um risco de seguir por um caminho que não está, já de saída, assegurado.No entanto, acho importante tentar essa errância, porque minha questão é a seguinte: quais ações e reflexões políticas podemos colocar em prática neste processo da Reforma Política que nela impactem e extrapolem para além dela. Isto é, para o movimento feminista essa é uma ocasião histórica de mobilizar, pautar debates, estabelecer alianças, enfrentar conflitos de forma a se colocar como sujeito no processo da Reforma e ao mesmo tempo pensar para além disso os desafios políticos que o feminismo deve enfrentar para avançar na participação política das mulheres, que com certeza não estarão realizados, nem poderão se encerrar no âmbito dessa Reforma. Ela poderá de alguma maneira contribuir para um processo que requer uma revolução mais longa e permanente para democratizar a democracia. A mobilização e a reflexão em curso podem ser elementos de acumulação de forças para enfrentar o contexto atual e para construir novas estratégias. Por isso meu objetivo aqui não é o de construir um panorama nem nomear os fatos históricos que envolvem a participação das mulheres mas levantar questões que suscitem um debate para ação feminista no atual contexto. Trago alguns pontos – breves reflexões - como contribuição para o debate.
BAIXE E LEIA NA INTEGRA

*Maria Betânia Ávila é socióloga, coordenadora do SOS Corpo e membro da Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB)

quinta-feira, 11 de junho de 2009

MOVIMENTO MUDANÇA: QUEM, DE ONDE E PARA ONDE

O Movimento Mudança é um campo político do Movimento Estudantil brasileiro, composto por estudantes da educação básica e superior, organizado em todas as esferas do movimento estudantil (Grêmios, Representações de Sala, CA’s, DCE’s, UEE’s, Federações e Executivas, UBES e UNE). A Mudança, como também somos chamados, é um campo dirigente, de esquerda e democrático.

Nossa organização se dá a partir de núcleos de base organizados em cada escola e Universidade e são os representantes desses núcleos que tomam as decisões mais importantes sobre nossa política e sua execução.

Esse método já demonstra onde, para nós, está o núcleo mais importante do movimento estudantil: nas organizações de base.

O Movimento Mudança, portanto, é uma congregação nacional de estudantes, grupos e entidades de base que têm opiniões semelhantes sobre o mundo, o Brasil, a Educação e o Movimento Estudantil. E que, percebendo a semelhança entre suas idéias e sua prática, unificam-se em todo o país para que, assim, com um monte de mudança em um monte de lugares, as mudanças fiquem mais fortes, cresçam e continuem mudando.

Resumidamente: a Mudança pretende se dar através de um-monte-de-gente-fazendo-movimento-de-base-em-todos-os-cantos-do-país, para que, com a massificação de uma prática diferenciada em todos esses espaços, possamos democratizar o movimento estudantil, a universidade e a sociedade. É uma coisa tipo não esperar algo acontecer para mudar as coisas, mas fazer algo acontecer para mudá-las. Por isso nosso mote é “Mudança é Movimento”, porque só com movimento – e não com discurso – a gente muda de verdade.

E que o verbo se faça carne!

Assim como o provérbio que intitula este nosso primeiro texto, queremos que esse espaço tenha por prioridade a consolidação de tudo que sai de nossas bocas, de tudo que sai de nossas mentes, de nossos corações.

A prática do que pregamos é o essencial quando construímos algo partindo de uma coletividade baseada em algo maior, em uma idéia macro de realidade. Portanto se este ideal que rodeia e preenche nossa essência não for ratificado, não sair das mentes e corações e apenas passar insignificantemente pelas nossas cordas vocais e lábios sem a preocupação e o anseio de realizar a transformação que desejamos, nada do que apresentarmos será eficaz ou suficiente. Iremos fazer jornais, programas de rádio, blogs e sites, mas nada será tão útil se não colocarmos a mão na massa e utilizarmos dessas ferramentas enquanto parceiros de transformação, principalmente e também a transformação que tanto insistimos em dar início, a democratização da comunicação enquanto contribuinte no processo de instauração de uma democracia mais includente e transparente.

Que este seja de fato mais um espaço que auxilie no empunho da nossa bandeira maior, tendo como foco central a interação e informação de um grupo que sonha, sonha, sonha...que é feliz e que sabe fazer real os seus sonhos ainda que em pequenas proporções. Segredo? Não, basta ser como nós, que apesar da ausência de recursos financeiros suficientes para revolucionar, acredita nas pessoas, que são o principal da revolução. A revolução que desejamos fazer não é de cunho material, por isso ainda estamos aqui, se essa revolução estivesse dependente e baseada apenas neste materialismo não seria a favor do socialismo, seria em prol do que discordamos.

O que temos de efetivo é o coletivo, a munição que nos faz concretizar essas mudanças e transformações sonhadas, mesmo que em pequena escala de tempo e espaço. Importa mesmo é que elas existem, que foram realizadas e que podem ser ampliadas e dissipadas aos ventos, ao mundo. Acreditamos nas pessoas e é essa a nossa mola mestre, nossa fonte de energia e o principal instrumento de ações. CONQUISTANDO MENTES E CORAÇÕES, pois elas avançam, mudam, transformam. Quando Gandhi mencionou que "acreditar em algo e não vivê-lo é desonesto", quis lembrar que nada neste plano é absoluto, apenas as pessoas.

Revolucionar com gente, partindo da humanidade e jamais da materialidade, pois esta degrada e afasta até aqueles que pensam erroneamente que o material é o atrativo das massas para reverter um caos.

Acreditamos nas pessoas, principalmente nas de mãos e consciências livres, nas que em sua realidade permitem transcorrer um sentimento de coletividade, de humanidade.

Saudações Mudancitas!