... E então, somos todos influenciados pela mídia.
Todos os dias nos vemos recebendo aos montes, informações que podemos julgar necessárias ou não, para o nosso crescimento pessoal e/ou profissional. São comerciais de cosméticos, que dizem que você tem o direito de ser mais bonita. São propagandas de fast food dizendo que lá você come mais rápido.
E estamos no meio de tanta correria, que geralmente não paramos pra pensar que: Eu não quero só ficar bonita; quero ter saúde também. Ou: Eu não quero comer rápido, quero comer bem. Fazendo uma linha de comparação com a alienação do trabalho, darei a ‘isso’ o nome de “Alienação Midiática”.
Dessa forma, vamos acumulando produtos nas nossas vidas. E quando falo produto, não digo só aquele bem material, que não nos serve de nada e fica juntando poeira na estante. Falo também dos produtos de mídia: aquela revista que não nos interessa, mas que todo mundo compra; aquele canal de TV que passa um filme legal a cada dois dias, mas que todo mundo compra. Somos fonte barata de renda, por que simplesmente não nos perguntamos o que de fato gera crescimento e aprendizado. Somos alienados.
A pergunta que deve ser feita é: Até onde isso é prejudicial às nossas vidas? Sentados em frente à TV, vemos o que a mídia quer que nós vejamos e não nos perguntamos por que aquela notícia que corre boca a boca na favela, não aparece na TV. A não ser, que, de alguma forma, vá gerar lucros.
Por que a menina de nove anos, estuprada pelo padrasto e grávida, passou tanto tempo na mídia? Por que um arcebispo entrou no “jogo” e a Rede Globo de televisão, resolveu debater a igreja católica em rede nacional. Mas, todos os dias, crianças são estupradas e/ou assassinadas e ninguém fala nada sobre. Quantos padres são acusados de pedofília e a mídia esquece esse fato “pouco relevante” em dois tempos?
Há muito tempo, vemos os meios de comunicação, usarem da nossa ‘pouca consciência’ pra nos entupirem de coisas que a nós, pouco servem. E a eles, muito lucro é gerado. Temos como exemplo, as campanhas publicitárias da Segunda Guerra Mundial, que usa de campanhas publicitárias, para convidar a população à guerra, usando de argumentos apelativos a sobrevivência dos mesmos.
O tempo passou, e hoje, parece que continuamos vivendo a 2° Guerra Mundial. É o bombardeio de informações. É a guerra tecnológica onde todos podem sempre mais que alguém e usam disso como se fosse uma arma. Façamos agora outra comparação. Dessa vez com a corrida armamentista. Chamemos de “corrida midiática”. Qual o alvo? Nós. Telespectadores, ouvintes, leitores, ‘navegadores, que cada vez mais, temos que “enxugar” o que vamos assistir ouvir, ler e ler.
Chegamos então nossa própria realidade invadida, ocupada e debatida. Deixamos agora de sermos telespectadores e passamos a ser assistidos, avaliados, julgados. Muitos, o fazem por opção. São os programas televisivos, que mostram a quem interessar realidade AO VIVO. Reality shows. Show de realidade. Realidade? Mulheres bonitas passeiam na sua tela e o fazem esquecer que a fome e a miséria AINDA MATAM aos milhares no mundo todo?
Câmeras nos ônibus, nos shoppings, nas farmácias, nos elevadores, no calçadão da praia, nas faculdades. E uma certeza nós temos: É tudo em nome da nossa segurança. Ou seria para a segurança dos donos desses lugares?
Perguntas sobre respeito à privacidade saem do todos os lugares. Organizações que defendem o direito exclusivo às nossas próprias imagens também.
Reparem que nesses programas de realidade ao vivo, sempre há uma campanha publicitária, desse ou daquele produto. E sim, eles passam a vender mais sendo exibidos ao lado de um belo homem ou de uma bela mulher, ou de alguém que tenha uma história de vida triste e apelativa, usada pela rede que exibe o programa, pra nos comover e dessa forma, “vender” seu produto com mais facilidade. Tendo em vista que dois produtos são vendidos, com a mesma “apelação”: o produto específico, (a matéria prima a ser vendida), como refrigerantes, eletros-domésticos, etc. e o produto denominado programa de TV.
O fato é que sempre se atinge uma massa.
Mas, é importante saber que os meios de comunicação, são muito importantes para a construção de uma sociedade. São eles quem nos oferecem a notícia e nos dão a oportunidade de saber o que acontece pelo mundo.
O que deve ser exigido e que é de nosso pleno direito é a veracidade dessas informações e o uso dessa grande máquina, não como fonte de lucros em cima da desgraça alheia. Não precisamos de mais rostos conhecidos por tragédias criadas em nome da comoção. Já temos isso acontecendo em milhares de casas, de verdade. E queremos que essas realidades sejam modificadas.
A mídia tem um papel fundamental nessa construção coletiva. INFORMA, DIVULGA, PREPARA E NÃO ALIENA. Paremos de pensar nos nossos próprios bolsos e somente em como gerar lucro. Pensemos em como usar do nosso trabalho, nós, jornalistas, publicitários, para mudar o quadro de vida de muitas pessoas que pensam que BIG BROTHER é programa de aprendizagem.
Barbara Vasconcelos é militante do Movimento Mudança e da Juventude do PT.
Todos os dias nos vemos recebendo aos montes, informações que podemos julgar necessárias ou não, para o nosso crescimento pessoal e/ou profissional. São comerciais de cosméticos, que dizem que você tem o direito de ser mais bonita. São propagandas de fast food dizendo que lá você come mais rápido.
E estamos no meio de tanta correria, que geralmente não paramos pra pensar que: Eu não quero só ficar bonita; quero ter saúde também. Ou: Eu não quero comer rápido, quero comer bem. Fazendo uma linha de comparação com a alienação do trabalho, darei a ‘isso’ o nome de “Alienação Midiática”.
Dessa forma, vamos acumulando produtos nas nossas vidas. E quando falo produto, não digo só aquele bem material, que não nos serve de nada e fica juntando poeira na estante. Falo também dos produtos de mídia: aquela revista que não nos interessa, mas que todo mundo compra; aquele canal de TV que passa um filme legal a cada dois dias, mas que todo mundo compra. Somos fonte barata de renda, por que simplesmente não nos perguntamos o que de fato gera crescimento e aprendizado. Somos alienados.
A pergunta que deve ser feita é: Até onde isso é prejudicial às nossas vidas? Sentados em frente à TV, vemos o que a mídia quer que nós vejamos e não nos perguntamos por que aquela notícia que corre boca a boca na favela, não aparece na TV. A não ser, que, de alguma forma, vá gerar lucros.
Por que a menina de nove anos, estuprada pelo padrasto e grávida, passou tanto tempo na mídia? Por que um arcebispo entrou no “jogo” e a Rede Globo de televisão, resolveu debater a igreja católica em rede nacional. Mas, todos os dias, crianças são estupradas e/ou assassinadas e ninguém fala nada sobre. Quantos padres são acusados de pedofília e a mídia esquece esse fato “pouco relevante” em dois tempos?
Há muito tempo, vemos os meios de comunicação, usarem da nossa ‘pouca consciência’ pra nos entupirem de coisas que a nós, pouco servem. E a eles, muito lucro é gerado. Temos como exemplo, as campanhas publicitárias da Segunda Guerra Mundial, que usa de campanhas publicitárias, para convidar a população à guerra, usando de argumentos apelativos a sobrevivência dos mesmos.
O tempo passou, e hoje, parece que continuamos vivendo a 2° Guerra Mundial. É o bombardeio de informações. É a guerra tecnológica onde todos podem sempre mais que alguém e usam disso como se fosse uma arma. Façamos agora outra comparação. Dessa vez com a corrida armamentista. Chamemos de “corrida midiática”. Qual o alvo? Nós. Telespectadores, ouvintes, leitores, ‘navegadores, que cada vez mais, temos que “enxugar” o que vamos assistir ouvir, ler e ler.
Chegamos então nossa própria realidade invadida, ocupada e debatida. Deixamos agora de sermos telespectadores e passamos a ser assistidos, avaliados, julgados. Muitos, o fazem por opção. São os programas televisivos, que mostram a quem interessar realidade AO VIVO. Reality shows. Show de realidade. Realidade? Mulheres bonitas passeiam na sua tela e o fazem esquecer que a fome e a miséria AINDA MATAM aos milhares no mundo todo?
Câmeras nos ônibus, nos shoppings, nas farmácias, nos elevadores, no calçadão da praia, nas faculdades. E uma certeza nós temos: É tudo em nome da nossa segurança. Ou seria para a segurança dos donos desses lugares?
Perguntas sobre respeito à privacidade saem do todos os lugares. Organizações que defendem o direito exclusivo às nossas próprias imagens também.
Reparem que nesses programas de realidade ao vivo, sempre há uma campanha publicitária, desse ou daquele produto. E sim, eles passam a vender mais sendo exibidos ao lado de um belo homem ou de uma bela mulher, ou de alguém que tenha uma história de vida triste e apelativa, usada pela rede que exibe o programa, pra nos comover e dessa forma, “vender” seu produto com mais facilidade. Tendo em vista que dois produtos são vendidos, com a mesma “apelação”: o produto específico, (a matéria prima a ser vendida), como refrigerantes, eletros-domésticos, etc. e o produto denominado programa de TV.
O fato é que sempre se atinge uma massa.
Mas, é importante saber que os meios de comunicação, são muito importantes para a construção de uma sociedade. São eles quem nos oferecem a notícia e nos dão a oportunidade de saber o que acontece pelo mundo.
O que deve ser exigido e que é de nosso pleno direito é a veracidade dessas informações e o uso dessa grande máquina, não como fonte de lucros em cima da desgraça alheia. Não precisamos de mais rostos conhecidos por tragédias criadas em nome da comoção. Já temos isso acontecendo em milhares de casas, de verdade. E queremos que essas realidades sejam modificadas.
A mídia tem um papel fundamental nessa construção coletiva. INFORMA, DIVULGA, PREPARA E NÃO ALIENA. Paremos de pensar nos nossos próprios bolsos e somente em como gerar lucro. Pensemos em como usar do nosso trabalho, nós, jornalistas, publicitários, para mudar o quadro de vida de muitas pessoas que pensam que BIG BROTHER é programa de aprendizagem.
Barbara Vasconcelos é militante do Movimento Mudança e da Juventude do PT.
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